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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Quinta-feira - 07-09-2000
Fortaleza - Ceará - Brasil
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Sociedade dos Cegos alerta para o aumento dos casos em crianças


    Na Sociedade de Assistência aos Cegos chegam, semanalmente, entre dez e 15 novas crianças cegas ou com problemas visuais para serem tratadas.

Foto do Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Para Waldo Pessoa, o presidente, o único dado palpável é a própria demanda de sua instituição, mas alerta para a necessidade de uma pesquisa mais profunda por parte do Governo.

 

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    Está aumentando o número de crianças com deficiência visual. O alerta é do oftalmologista Waldo Pessoa, diretor da Sociedade de Assistência aos Cegos onde chegam, semanalmente, entre dez e 15 novas crianças cegas ou com problemas visuais para serem tratadas.

    Gravidez precoce, gravidez indesejada ou má condução durante a gestação, associadas à desnutrição da mãe, são apontadas pelo especialista como fatores que contribuem para o problema, afetando a saúde psicológica, tanto do feto quanto da mãe.

    Apesar de não existirem estatísticas precisas quanto ao assunto - “O único número palpável que temos é o de crianças novatas que chegam semanalmente à Sociedade”, afirma Waldo. O oftalmologista diz que o tema merece atenção especial das autoridades, principalmente junto à conscientização das mulheres com relação à gravidez.

    “Quem tem que ser esclarecida é a mulher, principalmente a que é jovem e menos favorecida”, diz o médico, reforçando que o Governo deve incentivar campanhas voltadas para essas mulheres.

    O quadro, segundo ele, não se diferencia do restante do País. O nascimento de crianças com dupla deficiência, que é a deficiência visual associada a outros problemas, como a deficiência motora ou mental, representa um problema de ordem nacional. “E, talvez, em outros segmentos do Brasil, esteja bem maior”, ressalta.

    No setor social da Sociedade de Assistência aos Cegos há cerca de mil prontuários de crianças assistidas na instituição. Lá são guardadas fichas com todo o histórico dos pequenos pacientes, desde a gestação até os dias atuais, com informações como a gravidez, se foi desejada, se a mãe tomou abortivos ou teve alguma doença.

    A assistente social Socorro Alencar, coordenadora administrativa da Sociedade, explica que os casos são diferentes. “Tem criança que nasce com problemas visuais decorrentes da consangüinidade ou da falta de cuidados no pré-natal. E até mesmo a falta total do pré-natal”, diz ela. É através dos históricos contidos nos fichários individuais que os especialistas saberão que tipo de atendimento dar a cada caso.


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