Olhos vendados e bengala na mão. Um grupo de 20 pessoas está tendo a oportunidade de saber como a vida prosseguiria com a ausência da visão, através do curso para formação de Instrutores de Orientação e Mobilidade. Realizado pela Sociedade de Assistência dos Cegos, o curso vem sendo procurado tanto por pessoas que trabalham na área, voluntários e até curiosos.

    Mãe de dois filhos e sem nenhum registro de deficiência visual na família, Márcia Rita Araújo Santos, 41, conta que o interesse pelo curso surgiu quando começou a trabalhar como voluntária na Sociedade de Assistência aos Cegos, há três anos. O interesse foi crescendo na medida em que ela participava dos eventos na entidade.

    Na primeira vez que Márcia vedou os olhos com um tecido, sentiu-se insegura e sem saber o que fazer ou para onde ir. O medo maior, revela a voluntária, foi ao tentar se imaginar atravessando a Avenida Bezerra de Menezes. Isto porque, completa ela, os motoristas não respeitam quem enxerga e quem dirá aos deficientes visuais.

UM GRUPO de 20 pessoas está tendo a oportunidade
de saber como a vida prosseguiria com a ausência da
visão, através de curso, realizado na Sociedade de
Assistência dos Cegos