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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Terça-feira - 20-04-2004
Fortaleza - Ceará - Brasil
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TRANSPLANTE NO CEARÁ
Cresce número de doadores voluntários
 


     Acompanhando as estatísticas nacionais, o número de transplantes realizados no primeiro trimestre deste ano no Ceará cresceu significativamente em relação ao ano passado. Houve um aumento total de 37,74%, passando de 106 intervenções cirúrgicas para 146. Os índices são mais significativos no que se refere aos transplantes renal, que subiram de 22 para 33.

     A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia Barbosa de Almeida, explica que existem dois centros de referência para transplante renal em Fortaleza: o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).

     No caso do coração, os transplantes são feitos no Hospital de Messejana; e os de fígado, também no HUWC.

Foto do Jornal Diário do Nordeste
Médicos do HGF realizaram
ontem transplante de rim em
um paciente que há meses
esperava na fila

     Os transplantes de córneas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão autorizados no Instituto dos Cegos, Hospital Leiria de Andrade, Oftalmed, Prontoclínica, Oftalmoclínica e Clínica Neuza Rocha.

     Ivanildo Altino Souza dos Santos, 26 anos, recebeu um rim da irmã há oito dias. Aposentado com o salário de vigilante, ele vinha de Caucaia para Fortaleza há um ano e dez meses, três vezes por semana, para fazer hemodiálise. Depois do transplante, sentindo-se mais novo, ele faz planos de trabalhar e cuidar da mulher e da filha.

     Na fila do transplante durante quatro anos, a recepcionista Maria Silvana Rodrigues Sousa, 29 anos, foi beneficiada em março último pela ação voluntária de uma família que decidiu doar os órgãos do parente morto.

     Silvana mora no município de Paraipaba e tinha que enfrentar duas horas de ônibus para fazer a hemodiálise em Fortaleza.

     Voltar aos estudos e ao grupo de jovens são os planos de Francisco Queiroz de Sousa Júnior, 22 anos. Filho único, ele conta que sua única esperança era a doação voluntária, que o fez sair da fila de espera após um ano e dez meses, no dia 19 de fevereiro.

     Mesmo reconhecendo que a grande saída para o doente renal crônico é a conscientização sobre a doação de órgãos de cadáveres, Cláudio José de Lima, 38 anos, quer sensibilizar os familiares dos doentes para que façam exame de compatibilidade e não tenham medo de doar. Ele não precisou nem esperar na fila pelo rim que recebeu da sua esposa.

     RECURSOS - o Ministério da Saúde prevê recursos da ordem de R$ 400 milhões para a realização de transplantes de órgãos e tecidos.


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