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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Sábado - 01-05-2004
Fortaleza - Ceará - Brasil
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TIROLESA
Deficientes visuais se aventuram nas cordas
 


     Praticar esportes radicais ligados à natureza exige habilidade, mas não impede que um portador de deficiência visual também se aventure. Foi isso que quatro integrantes da Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) provaram, ontem de manhã, na Universidade de Fortaleza (UNIFOR).

     Na ocasião, professores, alunos do curso de Educação Física e portadores de visão zero desceram de uma caixa-d´água de 14 metros de altura, praticando tirolesa, descida por corda em plano inclinado.

     Mais do que um esporte, para os portadores de deficiência a atividade teve outro significado. A possibilidade de vencer o medo eleva a auto-estima, como explica o professor da Unifor, Walter Cortez: “passar pela sensação de perigo iminente, de vitória e de vencer o medo dá autoconfiança”.

Foto do Jornal Diário do Nordeste
Jovem com deficiência visual foi estimulada a praticar o
esporte na Unifor

     Mas, para não correr riscos, o local foi preparado por quatro militares do Corpo de Bombeiros. O rapel (descida por corda em plano vertical) foi adiado, mas a tirolesa aconteceu com o cumprimento de todas as etapas de segurança.

     Independente da habilidade, os participantes receberam as mesmas orientações. “Só muda a metodologia de passar a informação. Quem tem visão zero precisa do toque, tem que tatear o equipamento para fazer o reconhecimento”, informa o professor da SAC, Ari Marcelo Mateus Tavares.

     O resultado não poderia ser mais positivo.

     “Já tinha feito rapel em Iparana, mas tirolesa é a primeira vez. Achei uma vivência legal, tem adrenalina”, afirma o estudante da SAC Luís Nascimento. Os outros integrantes da SAC que fizeram tirolesa são Alana Saraiva, Juliana Sousa e Pedro Tibério Oliveira.


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