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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Quinta-feira - 01-03-2007
Fortaleza - Ceará - Brasil
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DOENÇAS DA CHUVA
Conjuntivite deve ser tratada em seu início


     Para evitar ou tratar a conjuntivite, doença que irrita e incomoda o olho, é importante procurar logo um profissional

     Neste período de chuvas incertas, aparecem com maior incidência as mais variadas doenças, das respiratórias às oculares. A mais comum é a conjuntivite, processo infeccioso na conjuntiva, membrana transparente que reveste a esclera (parte branca do olho) e o lado interno da pálpebra.

     Com a umidade mais intensa, a variação de temperatura e a proliferação de microrganismos, a inflamação deve ser tratada no estágio inicial, mas também pode ser prevenida.

     O problema, quando instalado, pode ser viral ou bacteriano, sendo que, no segundo caso, requer maior atenção, pois algumas bactérias podem causar maiores danos ao olho, caso não haja um tratamento logo no início da infecção.

     De acordo com a oftalmologista Lúcia Tavares, uma das médicas da Unidade Oftalmológica Iêda Otoch Baquit, da Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC), com as chuvas, o maior aporte de bactérias e outros microorganismos aumenta a incidência da doença, principalmente em crianças. Entretanto, a conjuntivite surge em todos meses do ano.

     “As conjuntivites são autolimitadas, o próprio organismo combate, mas é preciso ter cuidados para a doença não se agravar”, explica a médica. Segundo ela, a patologia no modo viral não tem tratamento específico, e a bacteriana é tratada com antibiótico.

     Enquanto a infecção causada por vírus requer principalmente cuidados higiênicos, a bacteriana, por conter secreção purulenta, precisa ser enfrentada com medicamento que impeça com brevidade o desenvolvimento da infecção.

Diagnóstico

     Contudo, nos dois casos, só o médico pode dar o diagnóstico e, por isso, uma consulta ao profissional é imprescindível. Isso porque, os dois tipos da doença podem ser confundidos, porque ambos apresentam lacrimejamento, hiperemia (vermelhidão), aumento da sensibilidade à luz e incômodo ou dor ocular.

     Com o aparecimento dos sintomas, além de procurar um médico, Lúcia Tavares recomenda a pessoa a limpar o olho com soro ou água filtrada ou fervida, e usar toalha limpa.

     Além disso, se for usada toalha, ela não deve ser dividida, a fim de que a doença não seja transmitida a outras pessoas.

     O ideal é usa lenços descartáveis de papel. “Se não tiver secreção, os cuidados são basicamente de limpeza. Em dois ou três dias o problema desaparece“, diferencia a médica.

     O risco maior, segundo Lúcia Tavares, é a conjuntivite acompanhar uma ceratite (inflamação da córnea), que causa baixa da visão.

     “Daí a importância de procurar um médico”, ensina. Isso para que o profissional verifique, através da lâmpada de fenda (espécie de microscópio), se o problema não está afetando os dois olhos ou se está atingindo a córnea. “A ceratite também tem tratamento, mas precisa ser diagnosticada no início, para ser combatida com maior rapidez”, justifica.

     Viral ou bacteriana, a doença em geral é grave e pode ser transmitidas por contato. A contaminação com bactérias ou vírus ocorre por transmissão pelas mãos, toalhas, cosméticos (principalmente maquiagem para os olhos) ou uso prolongado de lentes de contato. Infecções bacterianas deixam o olho vermelho e com secreção purulenta (pus).

MARTA ARAÚJO
Repórter

ENQUETE
O soro e o colírio não deram resultado


Angélica Maria Martins - 25 ANOS - Estudante
Quem teve primeiro lá em casa foi meu filho. Ficamos usando o colírio e soro, mas como não vimos resultado, resolvemos procurar o médico.

Antônio Augusto Gomes - Professor e servidor público
Desde segunda-feira que não vou trabalhar. O olho está irritado, com a sensação de que tem areia. Quando baixo a cabeça dá uma pressão e dor.

Maria Madalena Martins - Aposentada e dona-de-casa
Primeiro senti um formigamento no olho. Mas só hoje vim para o médico, porque o soro não deu jeito. O meu olho coça demais


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