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Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Domingo - 12-09-2010
Fortaleza - Ceará - Brasil
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ACESSIBILIDADE
Para-atleta lança manual sobre direitos do deficiente


    Para locomoverem-se em Fortaleza, os deficientes físicos sofrem com diversos problemas.A falta de acessibilidade e o desrespeito são os principais, dizem. Por isso, o escritor Henrique Gurgel trouxe a problemática à tona no seu livro “Manual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ceará”, que será lançado no próximo dia 16 de setembro, na Universidade de Fortaleza (Unifor).
    Gurgel, que também é atleta paraolímpico, explica que a publicação será uma espécie de manual para os deficientes. Eles poderão aprender como proceder nos casos em que seus direitos forem negados.
    Ele afirma que nem 10% dos cearenses com deficiência física sabem quais são os seus direitos e que, por isso, não podem fazer reclamações. Principalmente porque o poder público não cumpre a sua obrigação, segundo ele, de informar as pessoas sobre os seus direitos.

Foto do Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
SINAIS DE TRÂNSITO sonoros e rampas nas calçadas
podem facilitar a vida das pessoas com deficiência física

 

Privação
    “A principal dificuldade enfrentada pelos deficientes é a falta de acessibilidade. Sem isso, não temos acesso à educação, saúde e lazer. Ficamos privados de quase tudo”, diz o atleta. Conforme Gurgel, a acessibilidade é uma questão muito complicada em Fortaleza, já que são poucos os locais que estão preparados para dar acesso a todos.
    Para a estudante da Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) Francisca Elias, falta muito para que a Capital alencarina possa se tornar acessível a todos. “As calçadas são altas, existem muitos buracos nas ruas e faltam equipamentos que nos ajudem a atravessar a via”.
    Ela também reclama da falta de respeito dos motoristas. “Às vezes, o sinal de trânsito já está fechado, mas os carros não param para que nós possamos fazer a travessia da rua”, declara Francisca Elias.
Ajuda
    Já o deficiente visual Tiago Sampaio diz acreditar que pequenas mudanças podem ajudar bastante os deficientes físicos. “Sinais de trânsito sonoros, além de rampas e modificações nas calçadas já iriam nos ajudar muito”, afirma.


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