Jornal DIÁRIO DO NORDESTE
Segunda-feira - 17-08-2015
Fortaleza - Ceará - Brasil
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ACESSIBILIDADE
Palavras para todos

      O encontro dos expoentes leitura e inclusão, de modo a oferecer maior possibilidades de aproveitamento cultural para pessoas com deficiência, foi o responsável pelo nascimento de um inovador projeto, o Rede Nacional de Leitura Inclusiva, cuja apresentação aconteceu na última quinta (13), no auditório da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult-CE).

      A explanação geral da temática ficou por conta da gestora Ana Paula Silva, da Fundação Dorina Nowill, entidade proponente do projeto. O evento teve participação de diversas organizações envolvidas com o processo de inclusão de leitores com deficiência, sejam visuais, auditivas ou intelectuais.

      A formação do Grupo de Trabalho do Ceará, envolvendo gestores e representantes dessas associações, foi o grande resultado da apresentação. A primeira ação do grupo será o Encontro de Leitura Inclusiva do Estado, com objetivo de reunir e interiorizar órgãos, projetos e organizações que dialogam com a proposta. A previsão é que o evento aconteça até o fim do ano, sendo propulsor de futuras ações.

      Segundo Klístenes Braga, assessor de Ações Afirmativas, Diversidade e Cidadania Cultural da Secult-CE, o desenvolvimento de mobilizações e oportunidades no campo da educação especial é tema recorrente no panorama do projeto. "A ideia é formar uma rede a nível nacional, que permitirá o acesso dos deficientes aos materiais que já foram, estão sendo e serão produzidos pelos componentes da Rede".

      A adoção de políticas públicas que norteiem o trabalho dos envolvidos nas atividades é um dos objetivos, a partir das reuniões e ações conjuntas dos Grupos de Trabalho (os GTs). "Escutar e dar assistência às iniciativas das variadas entidades participantes é nossa principal meta", completa.

Incentivos

      A Rede de Leitura Inclusiva tem como principal intenção estreitar e mobilizar o contato entre educadores, governos, mediadores de leitura, agentes de bibliotecas e de organizações sociais. Desde junho de 2013, GTs vêm sendo formados em diversos estados, abrangendo a atividade de representantes dos setores de educação especial. O objetivo? Refletir sobre as potencialidades locais, trocar experiências e levantar desafios e necessidades para a execução de atividades que abordem o assunto.

      Reconhecer e mapear os distintos cenários e as nuances das iniciativas desenvolvidas constituem, assim, o primeiro passo para o progresso da Rede. Os próximos envolvem atuações autônomas nas correspondentes realidades brasileiras, o fortalecimento do vínculo entre instituições locais e novas ações no âmbito da democratização da leitura para pessoas com deficiência.

Articulações

      Dirigente do projeto, a Fundação Dorina Nowill é a provocadora do diálogo. Contribuindo sempre com palestras, mesas, temas técnicos e oficinas a nível nacional, a instituição é fomentadora do que merece ser ampliado no âmbito do ensino especial.

      No evento realizado em Fortaleza, estiveram presentes representantes do Instituto Dr. Hélio Góes e da Biblioteca Braille Josélia Almeida - ambos setores da Sociedade de Assistência aos Cegos do Ceará; e do Instituto Moreira de Sousa, voltado às pessoas com deficiência intelectual.

      Participaram ainda integrantes do grupo de pesquisa Legendagem e Audiodescrição, da UECE; da Associação dos Cegos do Estado do Ceará (ACEC), do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Fortaleza (Comdefor) e da Associação dos Bibliotecários do Estado, além de membros engajados da sociedade civil, como os integrantes do Projeto Pé de Livros, que promove a leitura em espaços públicos da cidade, e do Clube da Sivozinha, responsável por reuniões mensais na Casa de José de Alencar com Piquenique Literário.

Mais informações:

      Conheça mais sobre a temática em fundacaodorina.org.br

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