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Jornal O ESTADO
Segunda-feira - 15-09-2008
Fortaleza - Ceará - Brasil
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Ex-PM pode ter recurso julgado hoje por latrocínio


Ele foi apenado pela morte do oftalmologista Waldo Pessoa, em 2006

      Poderá ser julgado hoje, na 2a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, a partir das 14hs, o recurso expedido pelo advogado do ex-sargento da Polícia Militar (PM) Antônio Edísio de Lima Souza, 45, acusado de ter assassinado o médico oftalmologista Francisco Waldo Pessoa de Almeida, 69, presidente da Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC).

Foto do Jornal O ESTADO

      O crime ocorreu em 2006 e Antônio Edísio foi condenado a 30 anos de reclusão por latrocínio, (assalto seguido de morte), o que foi adicionado a outras penas que já estavam em processos contra o ex-PM.

      A relatora do processo será a desembargadora Huguette Braquehais, que deve chegar hoje à Fortaleza, pois estava em viagem a serviço do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no qual é presidente durante estas eleições. A assessoria do Tribunal de Justiça (TJ) informou que dependendo da urgência do caso poderá ser julgado hoje.

      A equipe do jornal O Estado entrou em contato com a esposa de Waldo Pessoa, que se disse esperançosa em relação a Justiça e espera que este recurso não seja aceito. “Meu esposo não volta mais. A Justiça foi feita uma vez e que estimo que se faça novamente. Ele tem que responder por todos os crimes que cometeu”, salientou emocionada.

      »Latrocínio. No dia 18 de dezembro, dois homens assaltaram a clínica onde Waldo Pessoa trabalhava. Um dos assaltantes entrou na clínica se passando por paciente. Em seguida, outro bandido invadiu o local e rendeu seis pessoas entre pacientes, funcionários e duas crianças, obrigando-as a entrar em uma sala.

      Após alguns minutos, o médico saiu de sua sala em posse de um revólver atirando contra os bandidos que revidaram. O médico foi atingido por quatro tiros, três no tórax e um no braço, e caiu do lado de fora da clínica. Na tentativa de fuga, um dos assaltantes, que estava baleado, caiu da moto no momento em que se dirigia a um posto de gasolina e morreu.

      Antônio Edísio foi surpreendido em sua residência no dia seguinte ao crime. Ele estava no bairro Vila Velha quando foi reconhecido por testemunhas e autuado em flagrante por latrocínio pelo 3o Distrito Policial (DP) do bairro Otávio Bonfim, na época tendo como titular, o delegado Jairo Pequeno.

      O médico ainda chegou a ser socorrido para o Instituto Doutor José Frota (IJF) no Centro, mas não resistiu aos ferimentos. Relatos de testemunhas foram decisivos para a prisão do ex-PM.

      O julgamento de Edísio aconteceu no dia 20 de agosto de 2007 na 17a Vara Criminal, em Fortaleza, presidida pela juíza Marlúcia de Araújo Bezerra. A Polícia Civil, o acusado confessou o crime, mas ao ir a júri tentou incriminar o ex-comparsa, Washington de Oliveira Melo, morto pelo oftalmologista durante o assalto. O bandido foi apenado a 34 anos de reclusão, sendo reduzida a 30 anos visto a Legislação Brasileira. O advogado do réu pediu recurso da pena.


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