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Quinta-feira - 24-06-2004

Fortaleza - Ceará - Brasil
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HUMANIZAÇÃO
Arraiá alegra as crianças no Albert Sabin


HUMANIZAÇÃO
Uma festa junina animou ontem o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). Cerca de 40 crianças, acompanhadas de suas mães, participaram da festa, com direito a quadrilha e comidas típicas

     Bandeirinhas, sanfonas, trajes juninos, bolos típicos, arrasta-pé e muitos sorrisos. O ambiente nem de longe lembra o de um hospital. Mas é. As cerca de 40 crianças que esbanjam alegria são todas internas do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias). Elas participaram, na manhã de ontem, de uma festa junina, organizada por terapeutas ocupacionais e voluntários do hospital, na Cidade da Criança, um espaço amplo e colorido, dedicado a atividades lúdicas.

Foto do Jornal O POVO
Crianças internas se divertiram com o arraiá
montado no Hospital Albert Sabin

     O pequeno Edson, de um ano e dez meses, era um dos que mais se divertia. Nos braços da mãe, a dona-de-casa Marta Nascimento, o menino, internado há três meses com problemas no pulmão, batia palmas e distribuia sorrisos, enquanto uma quadrilha com crianças do Instituto dos Cegos se apresentava. ''Acho legal. Ele se diverte e eu também'', diz a mãe.

     A animação não escolhia idade. Até os mais grandinhos, como a estudante Maria Glaucídia, de 18 anos, participava da festa. ''Tô gostando muito, porque a gente se distrai, não fica só dentro do hospital'', conta. A mãe dela, a dona-de-casa-Francilene Bezerra, era uma das mais entusiasmadas. ''É uma boa. A gente se diverte muito, melhora o astral, fica menos estressada'', resume.

     A terapeuta ocupacional Isabel Chagas, coordenadora da Cidade da Criança do Hospital Albert Sabin e uma das organizadoras da festa, conta que as crianças ficam ansiosas e eufóricas, aguardando o início da festa. ''A gente não pode exigir muito, mas elas ajudam a montar as bandeirinhas, os balões. As mães também ajudam bastante'', descreve.

     O objetivo da festa é romper com a rotina hospitalar, levando distração e divertimento às crianças. ''Desmistifica um pouco a idéia de que hospital é lugar de dor, sofrimento. Tem também o lado da alegria, da festa, a família se sente mais fortalecida'', afirma a terapeuta.

     A manicure Jorgina Limaverde, voluntária do Hias há quatro anos, afirma se sentir feliz com a alegria das crianças. ''Elas ficam muito felizes. Isso é uma terapia pra mim. Às vezes, chego aqui triste e vou embora bem''.


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