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Sábado - 29-11-2008
Fortaleza - Ceará - Brasil
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Programa BNB de Cultura
Ceará tem 26 projetos selecionados


      O Banco do Nordeste divulgou ontem a lista dos contemplados no seu Programa BNB de Cultura que financia projetos nas áreas de Artes Cênicas, Artes Integradas, Artes Visuais, Audiovisual, Literatura e Música. Dos exatos 2.238 inscritos, de toda a região onde o Banco atua, 192 propostas vão receber financiamento público para ser desenvolvidas. Neste número, o Ceará tem uma participação de 26 projetos, vindos de 16 municípios do estado. O edital, que destina um montante de R$ 3 milhões para os contemplados, pode parecer apenas mais um edital de cultura.

      Segundo o coordenador do Programa, não é assim. “Diferente dos outros editais, nós damos visibilidade no sentido de democratização. Tudo o que a gente realiza estamos divulgando, fazendo com que isso chegue nas pessoas. Além disso, nos outros editais não se sabe como todo o processo acontece. Outra coisa também: os não-contemplados vão receber uma carta com as notas que tiraram para saber em que podem melhorar para as próximas vezes”. Pelo menos uma coisa é certa: o Programa BNB de Cultura coloca ênfase em projetos coletivos cujos critérios de atender o interesse da comunidade, formação ou aperfeiçoamento profissional e condições de sustentabilidade estejam mais ressaltados. Por isso, a lista de selecionados está recheada de projetos eminentemente sociais.

      Como a proposta da Sociedade de Assistência aos Cegos que ganhou na área de Literatura e pretende modernizar os computadores do setor Livro Falado do lugar. O responsável pelo Centro de Processamento de Dados e um dos coordenadores do setor, Alexandre de Almeida, acredita que o prêmio veio em um bom momento. “Os computadores aqui já estavam desatualizados”, afirma.

      Segundo ele, o setor funciona de maneira simples: os voluntários que quiserem colocar suas vozes na leitura dos livros se inscrevem e são chamados quando surge uma vaga. “Colocamos em CD e depois disponibilizamos na biblioteca. Isso facilita demais o acesso dos deficientes aos clássicos, por exemplo, porque a impressão de um livro em Braille é caríssima”. Alexandre garante que um livro impresso em Braille chega a R$ 800 um único exemplar.

      O BNB destinou ainda 50% dos recursos, ou seja, R$ 1,5 milhão para cidades com menos de 100 mil habitantes e aparelhagem cultural carente. Algumas cidades, incluindo algumas aqui no estado, ganharam pontos por responderem a esse critério - estavam também abaixo da média de desenvolvimento da região Nordeste, que é historicamente abaixo da média no resto do país, o que foi levado em conta na hora da escolha das propostas. O Programa BNB de Cultura no ano que vem vai para sua quinta edição.


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