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Sábado - 15-10-2011
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Um grande professor


Arquimedes Bruno, nasceu em Fortaleza, no dia 15 de outubro de 1911. Filho de Gambetá Bruno, comerciante muito conhecido na cidade, proprietário da Casa Gambetá, e da senhora Francisca da Silva Bruno. Arquimedes Bruno, foi padre, professor e político.

Vida Sacerdotal
No dia 11 de fevereiro de 1924, ingressou no Seminário da Prainha em Fortaleza. Ordenado no dia 30 de novembro de 1934, na mesma cidade.

Nos anos de 1940, suas missas eram muito procuradas e ganhavam o crescente comparecimento de fiéis, encantados com seus sermões. Em cada oportunidade, Arquimedes, conhecido como um dos melhores oradores do Ceará e dono de grande inteligência e sagacidade, deixava registrada a opinião de quem não tinha medo de falar o que pensava.

No Sacerdócio, foi Capelão da Polícia Militar Ceará, no posto de Capitão, em seguida foi transferido para Academia Militar de Agulhas Negras, no posto de Major Capelão. Iniciou sua carreira de professor, em 1934 no Seminário de Fortaleza. Co -Diretor do Ginásio Fortaleza. Foi também professor do Liceu do Ceará.

Ajudou a criar o Instituto de Química na UFC, área da qual foi professor.Mesmo sem ser médico, trabalhou também pela fundação da Faculdade de Medicina.

Em 1942, ajudou a fundar a Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC), tornando-se o primeiro presidente da instituição, de 1942 a 1946. Foram de Arquimedes Bruno as palavras que incentivaram a SAC a dar seus primeiros passos no auxílio àqueles que possuíam algum tipo de deficiência visual, alertando sempre para o fato de que a cidade não poderia continuar a conviver com a triste paisagem daqueles que, arrastados por guias ou sentados nas calçadas, com uma bacia à frente, imploravam a caridade pública.

Em 1944, participou da criação do Instituto do Câncer.

Como político, em 1945, participou da eleição, como candidato a Deputado Federal pelo PDC.Não foi eleito.

Grande defensor das Reformas de Base, no começo da década de 60, chegou a ser “candidato a candidato” ao Senado, mas tal projeto foi abortado por dom. Antônio de Almeida Lustosa.

Sua participação nessas jornadas populares, motivou uma forte perseguição após 1964 e prisão.

Depois da liberdade, exilou-se na França, onde se tornou professor da Universidade de Sorbonne. Ele se afastou das atividades religiosas para casar-se com uma francesa, porém, sua fé permaneceu inabalável.

No dia 12 de dezembro de 2002, na França, o padre Archimedes Bruno se submeteu a uma cirurgia, vindo a falecer logo em seguida aos 91 anos de idade.

Maria Cecília Pontes Grassi
maria_pontesgrassi@hotmail.com
Professora


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